Corre, corre, correria! E eu em cada canto, em
cada esquina. Corro de um lado a outro sem ver a minha família. As vezes, me
pergunto para onde estou indo. Outras, nem resposta tenho. E continuo seguindo
o fluxo desse rio de atribuições: trabalhos, estudos, responsabilidades,
deveres, atenção comprometimento, atualizações... Ufa!. Em razão de tudo isso,
bate a necessidade de obter mais tempo para com as coisas que as vezes julgo
ser mais importante. Digo as vezes, pois com tanta coisa a cumprir acabo
esquecendo de muitas outras, acabo esquecendo de muitos e até mesmo de mim.
Gostaria de mais tempo para estar contigo e
também comigo mesmo. Gostaria de não mais tocar a tela para de desejar feliz
aniversário. Gostaria de mais tempo para ver o sol se por lá na pedra do
arpoador. Gostaria de me trancar no quarto escuro e espelhado e não me importar
com o despertador as 6h30 da manhã. Gostaria de tudo isso, mas não dou
prioridade a nada disso.
Toda essa pós-modernidade exige muito de mim. Sou
escravo dela e reconheço isso numa boa. Pobre ser contemporâneo eu sou. Vivo a
favor de falar dois ou três idiomas, de conquistar uma vaga digna no mercado de
trabalho, de andar um pouco menos no transporte coletivo.
As vezes fico me perguntando também se quando
tudo isso passar, e eu olhar para trás, do que é que vou lembrar?
Gostaria de mais tempo livre... Entrar no meu
blog, feito com tanta dedicação, e postar tudo aquilo que as atribuições do dia
a dia me impedem de expor.