11 janeiro 2013

Ilha



[...] É uma ilha bem diferente de todas que já visitei. Diferente de qualquer lugar do Planeta. Aliás, ainda nem sei se este lugar faz parte mesmo nosso Planeta. Há inúmeras árvores frutíferas, em sua maioria bem altas. O verde  das matas e o azul do céu são bem mais intensos e te faz ficar encantado, deslumbrado... 
Você sente no seu coração uma forte harmonia que habita nessa Ilha. Por isso, uma vez por lá, a vontade de voltar ao mundo real torna-se muito, muito pequena.
Logo quando cheguei, encontrei alguns habitantes... Os caras usavam restos de roupas. O que dava a entender que também chegaram ali sem saber como. 
Eu não sabia de nada... Não entendia nada...
Arrisquei uma palavra: Oi! Outras então: Olá! Vocês sabem onde estou? Falam a minha língua? Português; Inglês; Espanhol...?
As respostas foram de belos sorrisos. E olhares que me deixaram constrangidos.
Ninguém falava nenhum dialeto. Apenas sorriam, piscavam os olhos, mordiam os lábios, mostravam a língua... Esfregavam uma mão na outra.
Com um impulso que surgiu do nada, fui recíproco: Sorri, pisquei os olhos, mordi e passei a língua na parte inferior dos meus lábios. Apertei minha mão com força...