22 fevereiro 2013

Uma visão Cultural


Um país se difere do outro por causa da sua cultura, ou seja, por sua forma de ver o mundo e viver nele. Entretanto, a diferença cultural acontece também dentro de cada país com cada um de seus habitantes. Por exemplo, o Brasil é formado por diferentes grupos sociais que se alimentam em horários diferentes, rezam para forças espirituais diferentes e entendem a vida e a morte de formas diferentes. Ou seja, a diferença cultural está em toda a parte, em todos os lugares. 

É exatamente essa diferença que faz gerar o preconceito e como consequência, o etnocentrismo. O primeiro, acredito, você já deve ter ouvido muito a respeito. E o segundo, conhece a definição? Sabe o que quer dizer etnocentrismo? Vamos entender!

O preconceito acontece quando temos um conceito pré-concebido à determinada cultura. Quando julgamos sem conhecer ou entender as atitudes e a maneira que o outro tem de viver. Dessa maneira, acontece o etnocentrismo, ou seja, colocamos a nossa forma de entender o mundo como a verdadeira e descartamos qualquer outra possibilidade de explicação.

O etnocentrismo pode ser, de certa maneira, entendido como discriminação. Pergunto: Posso eu discriminar a sua maneira de pensar e viver neste mundo, só pelo motivo de eu acreditar que a minha maneira é a melhor e verdadeira? Na teoria, podemos afirmar que não. Não podemos descriminar as escolhas de ninguém. Mas vai ver o que acontece na prática.

É normal do ser humano querer impor a sua maneira de pensar julgando essa ser a melhor de todas. É normal do ser humano ser etnocêntrico. Eu sou etnocêntrico. Você também é. Todos nós somos! Até a nossa mãe que impôs a nós os seus valores, é etnocêntrica.

 Assim somos por causa do preconceito que carregamos conosco.

Por exemplo, eu não preciso concordar contigo em relação aos seus segmentos religiosos, mas não é por isso que me faço melhor do que você dentro daquilo que acredito ou resolvi seguir. Tenho um ponto de vista em relação à espiritualidade. Como também ao mundo e as pessoas que vivem ao meu redor. Você tem o seu. São conclusões diferentes. Cabe a mim, cabe a você não impor opiniões, mas sim escutá-las, entende-las e relativiza-las. Isso mesmo, relativizar.

A Antropologia (ciência que estuda o homem em seus diversos fatores) nos ensina a relativizar os fatos do cotidiano, ou seja, entender o porquê de determinado grupo seguir uma conduta que é diferente da nossa. Sem julgar se estão certos ou errados. Relativizar é entender as diferenças de uma maneira singela, sem colocar o nosso “eu” a frente de tudo.

Entretanto, não é sempre que devemos relativizar. Para relativizamos os conceitos que não entendemos de determinada cultura temos que ter a certeza que os indivíduos que a seguem têm o livre arbítrio para isso. Vou dar um exemplo: Não podemos relativizar a cultura de um povo que obriga (isso mesmo, obriga!) suas mulheres a se castrarem para que não tenham orgasmo e sirvam apenas para a reprodução da espécie. Se essas mulheres agissem assim por livre e espontânea vontade, aí sim seria considerada uma atitude a ponto de ser relativizada.

O que não podemos esquecer é o seguinte: Somos seres humanos. Seres humanos são preconceituosos e etnocêntricos. Porém, o melhor a fazer é relativizar e entender a maneira que um povo tem de viver.

Abaixo, algumas fotos da diversificação cultural no Brasil:

Carnaval em Pernambuco

Carnaval do Rio de Janeiro

Capoeira


Movimento Funk

Orgulho Gay

Religião Afrodescendente

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