Estamos na semana de estréia de O Astro,
uma readaptação da novela que foi sucesso na época da minha avó. A trama é
bacana, sim, mesmo com um enredo que todos já estão carecas de ver em tudo
quanto é horário: das 6h, das 7h, das 8h que virou das 9h, e agora com muito
mais audácia das 11h. Seria melhor tirar de vez o Jornal Nacional do ar e
colocar Willian e Fátima para viver uma linda história de amor com final feliz.
Plin! Plin! Assim, a noite da família brasileira seria toda voltada única
e exclusivamente para a
Já imaginou o bafafá que rolaria na mídia
se em algumas das cenas o dono do “boa noite” mais famoso do Brasil aparecesse
peladinho, com tudo de fora, como dizem por aí. Sem dúvidas, no dia seguinte
não haveria notícias, críticas ou opiniões sobre determinada interpretação do
cara, essas seriam voltadas apenas para o seu bumbum, assim como aconteceu com
Thiago Fragoso, no primeiro capítulo de o Astro. Jornais, revistas, a mídia em
geral se preocuparam apenas em frisar as nádegas do moço e nada de comentar
sobre sua ótima interpretação. Era difícil ler alguma matéria sem as expressões
“bunda”, “bumbum”, “popozão”... Fora as palavras antecessoras que davam ênfase
ao assunto como “completamente nú”, “totalmente despido”, “tudo de fora”. Chega
a ser divertido observar a maneira como os jornais usam determinadas imagens para vender suas “notícias”.
No mundo da mídia, tudo é
valido, uma vez que sua preocupação não é tornar os indivíduos integrantes da
idiota massa humana em pensadores críticos, mas sim mantê-los na ilusão de
prazer das imagens sensacionalistas.
Não há porque de a mídia destacar que o
jovem talentoso Thiago é definitivamente um ótimo ator. Isso até vende, mas não
alcança o lucro esperado. O que deve ser divulgado é aquilo que desperta o
desejo e a curiosidade do público espectador consumidor. Torna-se
muito mais lucrativo vender a seguinte frase: “Ator aparece peladão na
novela”. E ponto final.
Viva os meios de comunicação!
Veja abaixo o vídeo em que Thiago Fragoso
aparece do jeito que o povo gosta:
