28 outubro 2013

E quando o coração brinca com a gente!



Paixão efêmera:
"Essa frase só revela o medo da desestabilização que a paixão costuma provocar. 
Um moralismo difuso condena a paixão como frívola e irresponsável 
e elogia o amor como maduro e "pé no chão". Por baixo disso há uma ideologia que valoriza a estabilidade e despreza a força do desejo, e tudo o que ele traz de imprevisibilidade. Na verdade, paixão e amor se misturam. 
A paixão só é estéril quando está a serviço do narcisismo. É o caso dos que se apaixonam compulsivamente e precisam se sentir adorados para combater a fragilidade de sua auto-estima, mas nunca conseguem construir uma relação 
- para esses, o outro é só um instrumento."

Eis a cena...
Você está carente, sozinho há algum tempo, seu coração está clamando por um pouco de atenção e resolve sair, na balada começa a flertar com aquele carinha "maneiro", trocam telefone e passam alguns dias conversando por whatsapp, sms e facebook.
O que acontece? Marcam de se reencontrar, vão à um barzinho e ele faz aquele convite irrecusável. Vamos lá pra casa? 

Sem pensar duas vezes você aceita, afinal... tá carente e querendo algo mais tem um tempinho, como já era esperado, vocês conversam um pouco e quando se da conta... já estão transando. Na manhã seguinte você acorda, está tudo normal, nada de sensação estranha, arrependimento e indiferença, no caminho de casa você se dá conta de que está louco de amor. 


Mas porque acontece?

Diversos fatores influenciam pra isso acontecer, uns internos e psicológicos e outros sociais.
Acontece também porque nós seres humanos temos a necessidade de nos sentirmos amados, desejados e queridos, e quando privados por muito tempo de tais sentimentos... se apegam ao primeiro que demonstra o minimo interesse que for, mas a intensidade e necessidade de carinho impede que se perceba o que é uma possibilidade e o que não passa de uma casualidade.  
química pode ser um grande fator influenciador deste "apego" repentino, as vezes não é somente a carência que exerce um poder sobre nós e mexe com os nossos sentidos, pode ser que a química seja boa, o beijo bata, o sexo aconteça mais que simplesmente um ato e sim uma real interação entre duas pessoas, passa do mecânico para o pessoal e aí faz como que desejemos isso mais e mais vezes, mesmo que tenha acontecido somente uma. 

Sabendo dos motivos que nos leva a criar esse mundo de mil e um sentimentos, sensações e emoções só nos resta saber se vai realmente valer a pena entrar nessa, se não passa só de uma coisa da sua cabeça ou se a outra parte envolvida está também interessada e se existir o interesse, até onde ele vai e até onde é seguro seguir, a pior coisa dentro desta situação é criar uma expectativa surreal dos fatos, acreditar que marrom é azul, quando na verdade ele não nada mais do que marrom, é saber entender e levar as coisas caso ela não dê certo e não siga pelo caminho que você queria que fosse

Criar expectativa sem antes criar uma defesa contra a frustração é o mesmo que enfiar a mão em um balde de água quente sem saber o quão quente a água pode estar, mas que se não tentar... Não vai descobrir. Então arrisque-se, mas saiba. A expectativa é a mãe do cão e quanto mais afobado você vai... mais machucado pode ficar.

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